"Vais-nos fazer falta.
Não por causa da tua perfeição, tu que eras sabiamente imperfeito
Não pela tua obsessão pela beleza, mas por a saberes ver exactamente onde ela estava
Não por causa das tuas linhas de pensamento encantatoriamente cruzadas, mas porque nelas estavam os caminhos mais surpreendentes para quem as soubesse ouvir...
Não por causa da tua mente brilhante, mas porque uma curiosidade voraz a ela se sobrepunha, levando-a ao infinito
não porque não soubesses quem eras, mas porque o sabias em demasia e inebriavas-te.
Não por causa da tua perfeição, tu que eras sabiamente imperfeito
Não pela tua obsessão pela beleza, mas por a saberes ver exactamente onde ela estava
Não por causa das tuas linhas de pensamento encantatoriamente cruzadas, mas porque nelas estavam os caminhos mais surpreendentes para quem as soubesse ouvir...
Não por causa da tua mente brilhante, mas porque uma curiosidade voraz a ela se sobrepunha, levando-a ao infinito
não porque não soubesses quem eras, mas porque o sabias em demasia e inebriavas-te.
Vais nos fazer falta.
porque eras dos poucos que sabiam andar sobre o fio da navalha e sorrir
dos poucos que chegavam esplendorosamente intranquilos, inquietando-nos
dos poucos que em permanente generosidade davam sempre tudo sem nunca cobrar horas perdidas nem ideias arquivadas
dos que não resistiam às partilhas, porque lhes sabiam a força mas porque, também, as sabiam espelhos.
porque a tua cumplicidade era brava, exigente e maliciosa.
era veloz e pouco compassiva.
rara.
Vais nos fazer falta
porque não é todos os dias que se determina que uma cidade passa a ser líquida e ela muda de estado.
fazes me falta.
porque quando alguém amigo assim parte ficam sempre presentes todas as conversas que não tivemos tempo de ter e que passam brutalmente de diálogos a permanentes monólogos.
os nossos últimos jantares às vezes tinham 7 minutos. as nossas ultimas conversas, ultimamente, já eram só em meias palavras, para ser mais rápido, e porque já adivinhávamos o resto. e dávamos tantos saltos entre todos e tudo, pela excitação imensa das imensas possibilidades que a vida nos dá, quando a ela nos oferecemos, que tenho a certeza de que em nosso redor o ar reverberava e as cores mudavam.
É na vida que temos aquele escasso tempo para sermos.
Tu foste imenso.
Partiste foi cedo demais."
porque eras dos poucos que sabiam andar sobre o fio da navalha e sorrir
dos poucos que chegavam esplendorosamente intranquilos, inquietando-nos
dos poucos que em permanente generosidade davam sempre tudo sem nunca cobrar horas perdidas nem ideias arquivadas
dos que não resistiam às partilhas, porque lhes sabiam a força mas porque, também, as sabiam espelhos.
porque a tua cumplicidade era brava, exigente e maliciosa.
era veloz e pouco compassiva.
rara.
Vais nos fazer falta
porque não é todos os dias que se determina que uma cidade passa a ser líquida e ela muda de estado.
fazes me falta.
porque quando alguém amigo assim parte ficam sempre presentes todas as conversas que não tivemos tempo de ter e que passam brutalmente de diálogos a permanentes monólogos.
os nossos últimos jantares às vezes tinham 7 minutos. as nossas ultimas conversas, ultimamente, já eram só em meias palavras, para ser mais rápido, e porque já adivinhávamos o resto. e dávamos tantos saltos entre todos e tudo, pela excitação imensa das imensas possibilidades que a vida nos dá, quando a ela nos oferecemos, que tenho a certeza de que em nosso redor o ar reverberava e as cores mudavam.
É na vida que temos aquele escasso tempo para sermos.
Tu foste imenso.
Partiste foi cedo demais."
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