domingo, 10 de dezembro de 2017
Na Lello/Armazéns do Castelo. A Ester Monteiro a fazer o retrato/escultura da Isabel de Sá. As pessoas que fazem do Porto uma Cidade Líquida. Serão 400 os retratados. Poetas e escritores, artistas plásticos, pianistas, arquitetos e pessoas comuns. TODOS contribuem para que o Porto seja a Cidade Líquida...
LIVRARIA LELLO - PORTO
"O ROSTO DO PORTO" VAI OCUPAR AS CENTENÁRIAS ESTANTES DA LIVRARIA LELLO
São centenas de bustos de barro de anónimos e figuras conhecidas do Porto que vão habitar as estantes da livraria mais bonita do mundo.
Os bustos estão a ser esculpidos ao vivo, com a presença dos retratados, em vários espaços do Porto, durante os meses de novembro e dezembro.
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São centenas de bustos de barro de anónimos e figuras conhecidas do Porto que vão habitar as estantes da livraria mais bonita do mundo.
Os bustos estão a ser esculpidos ao vivo, com a presença dos retratados, em vários espaços do Porto, durante os meses de novembro e dezembro.
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A instalação artística, que inaugura no dia 13 de janeiro de 2018, pretende homenagear a cidade através dos rostos de quem a faz, de quem a habita e a representa.#livrarialello#porto#estermonteiro#orostodoporto#thefaceofporto#portoby#portobylivrarialello
"THE FACE OF PORTO" WILL OCCUPY THE CENTENNIAL SHELVES OF LIVRARIA LELLO
There are hundreds of clay busts of anonymous and well-known figures from Porto who will inhabit the shelves of the most beautiful bookshop in the world.
The busts are being sculpted live by Ester Monteiro, with the presence of the people portrayed, in various spaces of Porto, during the months of November and December.
The artistic installation, inaugurated on January 13, 2018, intends to honor the city through the faces of those who make it, of who inhabits it and represents it.
"THE FACE OF PORTO" WILL OCCUPY THE CENTENNIAL SHELVES OF LIVRARIA LELLO
There are hundreds of clay busts of anonymous and well-known figures from Porto who will inhabit the shelves of the most beautiful bookshop in the world.
The busts are being sculpted live by Ester Monteiro, with the presence of the people portrayed, in various spaces of Porto, during the months of November and December.
The artistic installation, inaugurated on January 13, 2018, intends to honor the city through the faces of those who make it, of who inhabits it and represents it.
quinta-feira, 30 de novembro de 2017
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
domingo, 19 de novembro de 2017
Isabel de Sá - MANHÃ DE AGOSTO
MANHÃ DE AGOSTO
Nesta manhã de Agosto...
encontrei o papel onde tinha escrito
a idade em que Blaise Cendrars
perdeu a mão direita
e fiquei a sentir a dor
que me atormentava. Não tomei aspirina
nem esqueci a tua carta
de ontem, aquele momento
em que dizes eu querer
arrastar-te comigo "para esse universo
onde a vida é trocada por palavras".
Tenho lido os poetas
da minha geração. Conheço
o primeiro poema, aquele que inaugurou
a vida, também em mim.
Cansada de ir à praia, à piscina,
procuro livros, uma emoção linguística,
o verso desconhecido.
Guardei uma frase de Musil, na caixa
onde tenho os selos, um minúsculo relógio
que decidi não usar.
Não posso viver sem a música de Schubert,
ou aquela peça de Brahms - tudo isto
são palavras, a vida passa-se lá fora,
o Inverno há-de vir e não poderei
totalmente fugir ao desconforto.
Falava-se de As Tulipas
e começo a entender. Esta música,
estas palavras, a morte na dobra do lençol,
meu frio corpo na penumbra, no paraíso inicial
da anestesia. Perdida a razão no inferno
da dor, a cabeça irreal, meu poema
esquecido na margem do sono. A morfina,
as enfermeiras, tudo o que pudesse
polir o tormento.
E hoje acabei
por tomar aspirina, gastar o rosto,
permanecer em casa.
Isabel de Sá, in Os Cem Melhores Poemas Portugueses dos Últimos Cem Anos, Companhia das Letras, Lisboa, 2017
da minha geração. Conheço
o primeiro poema, aquele que inaugurou
a vida, também em mim.
Cansada de ir à praia, à piscina,
procuro livros, uma emoção linguística,
o verso desconhecido.
Guardei uma frase de Musil, na caixa
onde tenho os selos, um minúsculo relógio
que decidi não usar.
Não posso viver sem a música de Schubert,
ou aquela peça de Brahms - tudo isto
são palavras, a vida passa-se lá fora,
o Inverno há-de vir e não poderei
totalmente fugir ao desconforto.
Falava-se de As Tulipas
e começo a entender. Esta música,
estas palavras, a morte na dobra do lençol,
meu frio corpo na penumbra, no paraíso inicial
da anestesia. Perdida a razão no inferno
da dor, a cabeça irreal, meu poema
esquecido na margem do sono. A morfina,
as enfermeiras, tudo o que pudesse
polir o tormento.
E hoje acabei
por tomar aspirina, gastar o rosto,
permanecer em casa.
Isabel de Sá, in Os Cem Melhores Poemas Portugueses dos Últimos Cem Anos, Companhia das Letras, Lisboa, 2017
Nesta antologia, além dos nomes que aparecem na capa, encontramos poemas de Isabel de Sá, Inês Lourenço, José Emílio-Nelson, Fernando Pinto do Amaral, Rosa Maria Martelo, Hélia Correia, Fernando Echevarria, Ana Luísa Amaral, João Luís Barreto Guimarães, Rui Lage, Luís Quintais, Margarida Vale de Gato, Maria do Rosário Pedreira, Fátima Maldonado, Manuel de Freitas e muitos outros...
terça-feira, 14 de novembro de 2017
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
domingo, 15 de outubro de 2017
sexta-feira, 6 de outubro de 2017
sexta-feira, 8 de setembro de 2017
domingo, 27 de agosto de 2017
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