"Quando Rimbaud escreveu «Je est un Autre», não estava certamente a ilustrar Freud. Falava por si mesmo da percepção interna de uma cisão ireversível de que acabara de se aperceber, e a cuja dor, desde aí, a arte do séc. XX não tem deixado de referir.
A arte, como mais nenhuma forma de discurso, leva sempre adiante no equacionamento das questões fundamentais. E longe de ser essa ilustração das ideias de uma época, ela está antes do lado da anunciação dos seus sentimentos mais urgentes."
Margarida Medeiros, Fotografia e Narcisismo. Assírio & Alvim, 2000, Lisboa
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