O instante em que a morte atravessa o poema é o instante da transgressão. A princípio o poeta persegue cada sílaba num último recurso ou fuga ao desespero do acto de escrever. O sedimento da vida sobrevive na palavra como a proibição no erotismo. Do nada surge o clarão fascinante que arrasta o poeta até ao limite. Contra o extremo silêncio a ilusão ambiciona eternizar momentos, fazer deles um coração ardente onde possa elevar a vida à surpresa da arte.

Sem comentários:
Enviar um comentário