segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Poema de Isabel de Sá

Abri a caixa de cigarrilhas café crème
no jantar de aniversário. Na tua gravata
o alfinete, um triângulo de oiro
que ela trouxera nessa manhã.
Por fim ofereci-lhe o poema, depois
arrependi-me. O tempo passou
e então ela trocou-me
por um bocado de caça envenenada.


O Brilho da Lama, & etc, 1999, Lisboa

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