Poema de JOÃO BORGES
Cada pessoa enrola
um pouco mais
o pano preto da noite
à volta do meu corpo.
Agora, é lentamente
que me matam
e eu deixo. Fico parado
a sorrir, sem saber porquê.
Posso amar ou enlouquecer
quando te entregas,
sem rodeios,
na solidão das cidades.
Adormecidos no chão,
o brilho da pele,
nas gavetas o silêncio.
Escrevemos na parede,
sobre a cama,
que seria para sempre.
Brilho no Escuro, revista de poesia, nº1, edições anjo da guarda, Porto, 2009
1 comentário:
Muito bom esse Joao borges...
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