Escritora, feminista e activista republicana, nasceu em 1872 e morreu em 1935. É considerada a fundadora da literatura infantil no nosso país. Escreveu alguns livros que foram utilizados como manuais escolares e publicou ainda uma obra marcante na sua época, a colecção Para as Crianças, que lhe ocupou perto de quatro décadas de trabalho.
O seu livro «As Mulheres Portuguesas» (1905) é uma colectânea de artigos fundamentais, sobre as principais questões femininas que nunca conheceu reedição, onde exorta as mulheres ao “trabalho e ao estudo”, que considera “passo definitivo para a libertação feminina” ,apelando para que as mulheres não façam do amor “o ideal único da existência”.
Ser feminista, diz, é “desejá-las criaturas de inteligência e de razão”.
Sobre a rapariga portuguesa da época é implacável e irónica: “não tem opiniões para não ser pedante, não lê para não ser doutora e não ver espavoridos os noivos”. Defende a igualdade de salários, “por igual trabalho, igual paga” e afirma que “nada mais justo, nada mais razoável, do que este caminhar seguro, embora lento, do espírito feminino para a sua autonomia.
1 comentário:
Saudações!
Obrigada por partilhar sobre aquela que foi a primeira feminista portuguesa conhecida, desconhecia.
Obrigada também pela deliciosa música que colocou no blogue... traz-me de volta "In the Mood for Love" de Wong Kar-Wai, por Yumeji's Theme.
http://antonieta-pereira.webs.com/apps/blog/
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