quarta-feira, 20 de abril de 2011

POEMA DE ISABEL DE SÁ


Abri a caixa de cigarrilhas café crème
no jantar de aniversário. Na tua gravata
o alfinete, um triângulo de oiro
que ela trouxera nessa manhã.
Por fim ofereci-lhe o poema, depois
arrependi-me. O tempo passou
e então ela trocou-me
por um bocado de caça envenenada.


Repetir o Poema, edições Quasi, 2005

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