quarta-feira, 20 de abril de 2011

POEMA DE RAINER MARIA RILKE



Todos os que te buscam, tentam-te.
E todos os que te encontram, ligam-te
a imagem e gesto.

Mas eu quero compreender-te
como a terra te compreende;
com o meu amadurar
amadura
o teu reino.


Não quero de ti nenhuma vaidade
que te demonstre.
Eu sei que o tempo
tem outro nome
diferente do teu.

Não faças milagres por amor de mim.
Dá razão às tuas leis
que, de geração em geraçao,
se fazem mais manifestas.


As Elegias de Duino E Sonetos a Orfeu, Tradução de Paulo Quintela, edição O Oiro do Dia, Porto,1983

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